Mais um ano chega ao fim. Poucos dias nos separam de 2012.
Várias cerimônias de fim de jornada ocorrem, simbolizando
vitórias e alcance de metas. Uma delas, a de conclusão do Ensino Médio, traz
consigo a simbolidade, também, do jovem trabalhador a ingressar no mercado de
trabalho (pelo menos para a grande maioria) do início da maioridade e para
tantos outros, o sonho de continuidade dos estudos em uma Universidade.
Mas esse momento, até agora, é um momento de dor e angústia
para boa parte das famílias maueenses, pois é hora desse jovem, buscar melhores
possibilidades de trabalho em cidades com mais oportunidades de emprego e
estudo como Manaus e até Itacoatiara.
É sobre esse fato que passo a discorrer. Maués precisa
impulsionar sua economia para reter e diminuir a saída dos jovens para outras
cidades. Para tanto é necessário sair da estagnação econômica e paralisia
administrativa do presente e caminhar no mesmo sentido do resto do país.
Se medidas urgentes não forem tomadas o quadro tende a
piorar, pois com as novas perspectivas em função da Copa, obras em execução e
demanda por serviços, haverá um crescimento dos investimentos para construção
de aeroportos, terminal portuário, Arena da Amazônia, novos hotéis e tudo que
isso representa em termos de atração de mão de obra para prestação de serviços.
Apenas para ilustrar a necessidade de maiores ações no sentido de
aumentar a taxa de crescimento da economia maueense, no período de janeiro a
novembro de 2011 o município teve um desempenho sofrível em termos de geração
de novos postos formais de trabalho. Segundo o Ministério do Trabalho neste
período foram admitidos apenas 278trabalhadores, contudo, no mesmo período
foram demitidos 215. O saldo entre admissões e demissões é um pálido 63 de
postos mantidos. Esses postos não eram frutos de novos empreendimentos, mas
somente resultado da rotatividade das empresas instaladas.
Esse resultado não consegue segue absolver o crescimento vegetativo da mão
de obra ativa do município que cresce a uma ordem de 2% para uma População
Economicamente Ativa (PEA) de 35 mil pessoas, ou seja, apenas para absorver os
novos ingressantes no mercado de trabalho é necessário criar em torno de 700
novos postos anualmente.
Não é preciso dizer muito mais para explicar o por quê da fuga dos jovens
trabalhadores, recém formados no ensino médio, para outras cidades.
A paralisia da Administração Pública Municipal no tocante a iniciativas para
geração de emprego no comércio e na indústria local é um contributo a mais para
a migração desses jovens.
Para enfrentar a estagnação que assola o nosso município é preciso juntar forças e operacionalizar planos e programas de qualificação aos trabalhadores, apoio à produção e aos empreendedores estímulo a formalização do emprego.
Somente com trabalho será possível manter os jovens de Maués junto a suas famílias.
Alfredo Almeida – É maueense, empresário e presidente do PMDB
de Maués. Foi Secretário Extraordinário do Estado do Amazonas no período de
2004 a 2006, Deputado Estadual no Amazonas na legislatura 1998 a 2002, vereador
em duas legislatura (1988 a 1992/1993 a 1996) e Presidente da Câmara Municipal
de Maués no período 1995/1996.
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